
A função do Mestre de Cerimônias é ser o líder do Cerimonial. Verificar se tudo está correto para o início dos trabalhos, se todos os postos estão ocupados, se todos estão vestidos da forma costumeira, anunciar e apresentar as autoridades, receber visitantes ilustres e escoltá-los, assim como ao Mestre Conselheiro etc.
Na Ordem DeMolay, o cargo foi adotado com o nome inglês de Marshal, que, traduzindo ao pé da letra, seria o equivalente ao nosso Marechal, como os das Forças Armadas. Porém, se fizermos uma minuciosa pesquisa, veremos que Marshal também pode significar Mestre de Cerimônias, adontado o seu sentido medieval que é de onde deriva o termo empregado por Frank Marshall (esse é nome próprio e é com dois "l" mesmo).
Na Era Medieval, o Marechal era o oficial responsável pela parte disciplinar e logística dos exércitos, mas hoje está ligado a sua mais alta patente. Como tivemos exemplo do Presidente Marechal Manoel Deodoro da Fonseca e Silva (bastante ligado a Maçonaria, chegou a ser Grão-Mestre do GOB e Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito). Mais adiante as monarquias européias adotaram um cargo de nome igual, mas com função cerimonial, que era responsável por anunciar autoridades e convidados em festas, cerimônias e nas mais variadas situações. Ainda hoje algumas famílias reais como a inglesa e até mesmo o Vaticano têm um cargo semelhante.
No momento de tradução do Ritual para o português, poderia-se usar tanto um como o outro nome da função (Marechal ou Mestre de Cerimônias), mas acertadamente foi escolhido o de Mestre de Cerimônias, que evita a confusão do cargo cerimonial com o militar. Ainda foi adotado um bastão como insígnia. Isto também é herança da Idade Média e que também ainda está em uso nas culturas, européias principalmente. O Marechal Militar ou o Mestre de Cerimônias medievais usavam um bastão como símbolo do seu cargo, denotando comando e liderança. O simbolismo é o de comando, semelhante ao cetro real, ao caduceu de hermes ou o bastão de ofício dos sacerdotes e oficiais dos faraós egipcios.
Herdamos daí o uso do bastão. Na Ordem DeMolay eles são cruzados fato que simboliza tomando por base a do Mestre Conselheiro, que ele é o líder, no caso em questão, do cerimonial. Nada tem a ver o bastão com para-raios ou coisas do gênero, mesmo porque, cabe lembrar que é um item opcional e cabe ao próprio Mestre de Cerimônias decidir se vai usar ou não. Afinal, ele é ou não é o líder do Cerimonial?
Claro, né?
Tem alguma dúvida sobre história da Ordem, ritualística ou simbologia? Envie e-mail para jaimar.inabh@mail.com identifique-se que mandamos a resposta e se não constituir segredo da Ordem, será postado no blog do Gabinete Estadual.
Antonio Jaimar Gomes
Comissão de Ritual e Liturgia do SCODRFB
Assessoria de Ritual e Liturgia do GCE-RN

0 comentários:
Postar um comentário